19 de dezembro de 2011

Tudo O Que Quero Dizer

0comentários
Talvez não seja tudo tão ruim. Há coisas boas aqui e ali.

Me visto de mineiro, e começo a minerar essa terra nomeada vida. Sempre a procura de preciosidades, pedras raras, que são os bons momentos.

Sempre gostei de brincar de Deus, mesmo sem notar isso, mas criei o universo inteiro em minha mente.
Naveguei por entre mares, emoções, filosofias e tudo mais.

Pensei que meus sonhos estavam mortos, mas me esqueci que a morte não é o limite. Meus sonhos dormiram, para acordarem mais realistas, mais fortes, e mais possíveis do que nunca.

Me tornei aquilo que sempre tive medo de me tornar, aquilo que mais estranhava, e de certa forma, até tinha curiosidade. Porém, conheci muito do que jamais imaginei conhecer. Como o fogo solto, que brinca com o ar, que se desenrola por todos os lados e consome tudo que existe, assim eu também fui. Minha juventude me levou a fazer coisas que jamais tive coragem de fazer ou de pensar, me levou até por muitos caminhos que não sabia que havia por ai.

Caminhei por entre árvores, semeei algo pelo caminho, demorei a aprender que mais tarde colheria tudo aquilo. E agora, depois de todo este trabalho, cultivando todos esses ideais, todo este passado, me alimento do que vivi antes. Me amargurei comigo mesmo, tantas vezes que não sei contar, mas me surpreendi com quantas e quantas vezes fui forte e nem notei.

Agora, neste momento, acabo de colher algo bom, mesmo que para os normais isso seja apenas mais uma parte do caminho, ou algo realmente necessário e de obrigação. Terminei meu ensino fundamental, aos 26 anos de idade, tive boas notas, não me esforcei tanto assim, mas foi bom. Conheci pessoas diferentes, alias, todas as pessoas são diferentes, o problema é quando achei que fosse melhor que alguma delas.

Só quero uma segunda chance pra continuar, só quero poder de novo acreditar em algo mais simples, que me leve á um bom caminho.

Texto estranho e sem nexo? talvez. Só estou a escrever aquilo que meu coração me pede, pois só eu sei o que se passa aqui dentro, e sei que se não escrever algo, ficarei louco (se já não sou o bastante).

Escuto Metamorphosis One, de Philip Glass, parece que foi feita pra mim esta canção. Ela toca a melancolia e o prazer suado e risonho da minha alma. Me faz querer chorar lágrimas quentes em plena chuva. Acho que tomarei um vinho, preciso me embebedar um pouco, levar as coisas um pouco menos a sério (espera ai, mas eu nunca levei as coisas e pessoas muito a sério...quem se importa...nada disso está aqui ou ali, e nada mais faz sentido mesmo).

Não tomarei mais seu tempo, preciso viver um pouco mais disso que está a acontecer, para poder entender toda essa música que toca agora, todas essas notas que vibram no universo, e que me extraem lagrimas risonhas, e sorrisos tristonhos. Vida.

Thiago Cresley

(Ouça abaixo Metamorphosis One - Piano - by Philip Glass)
.

18 de dezembro de 2011

Poesia do Algo Mais.

0comentários
Preciso escrever algo...ou falar com alguém...ou não.

As palavras vem surgindo, de forma disfarçada, mas elas vem, de um lugar, ou de lugar nenhum. Uma névoa se forma, procuro entender de onde elas vêm, e apenas sei que nascem nos pensamentos, e eles, os pensamentos, querendo me provar que estou aqui, que existo.

Não importa o existir, importa como existimos, como ouvi de um velho ditado "não importa que caminho trilhar, importa como irá trilha-lo".

Me sinto agora, pequeno, confuso, como se a porta estivesse aberta, com todas as respostas logo após ela, mas não consigo atravessa-la, pois tenho medo do que vou ver.

Tudo está mudando agora.e prefiro nem ler o que acabo de escrever, mas sei que têm algo pra nascer agora, há algo surgindo.
Realmente, amigo, não importa se sabemos o que acontece no universo, só sabemos que algo acontece. isso basta. mas não pra mim, que vivo procurando respostas em tudo e em todos. vivo procurando ver a face de Deus, e entender seus conceitos, como se houvessem regras a serem seguidas. mas no fundo eu sei que nada disso existe ou que importa. não mais, não agora, depois de tudo que vivi.
agora estou caído e não posso mais voltar
cheguei ao fundo de mim mesmo, no mais negro e profundo abismo de minha consciência, e não sei que rumo seguir, pois não há luz, não há mais um caminho, nada mais tem de acontecer, talvez o silêncio possa me dizer algo, mas nem mesmo ele está aqui
ou em qualquer lugar, só sei que nada tenho, e que queria estar em algum lugar, mas não existem lugares, não existe dor e nem sofrimento, tão pouco alegria, prazer ou felicidade.

E nossas existências, são como as notas de uma canção, que tocam, sem ritmo, pelas linhas do universo e um grande instrumentista tentasse nos tocar, nos fazer existir, mas a sintonia não está afinada, e ele trabalha com todo seu amor para afinar, mas está além disso, o criador, que morre a cada momento com sua música, sabe que no momento que terminar sua canção, nada mais importará, que não haverão sonhos, que sua obra será mais perfeita que sua criatividade, que nada mais irá superá-la, que ele irá amá-la e odiá-la, pra depois querer se esquecer dela e nunca ter existido, tentará até silenciá-la, mas somente ele ouve a canção, somente ele a entende, somente ele vê seu choro pelas suas vibrações. ele pode ouvi-la, mas não pode tocá-la, e nem sua música poderá tocá-lo pois não tem mãos, não tem olhos, não tem emoções e nem coração. Ela não pode amá-lo. mas é a obra perfeita.

E este som, passa por entre as folhas caídas das árvores, por onde caminho, não consigo entender. Mas não vou explicar o que há lá. Não pode ser explicado. Não deve ser compreendido, e nem era pra estar ali. Limitação, minha mente. è limitada minha consciência, e não posso mais falar, pois em nada vai resultar, pois está força, está além do pensamento ou da existência. Diria um sentimento mais profundo, ou algo que está além de qualquer fronteira que o homem pudesse ter inventado um dia.


(O aptº é apertado, o aluguel é caro, a comida é ruim, as roupas estão sujas em um canto. Há algumas pinturas na parede, uns papeis rabiscados em cima da mesa, meia garrafa de uísque, restos de cigarro num cinzeiro. Uma música toca  num radinho de pilha, minha vida está uma droga, mas continuo seguindo.
Há uma guerra lá fora, e quando olho pela janela, vejo prédios cinzas, muitos carros na rua, e nenhuma esperança, mas ainda sei que existe um lugar melhor - Cena de BattleStar Galáctica com personagem Kara Thrace "StarBuck". Adaptado por Thiago Cresley.)

8 de agosto de 2011

Capítulo 5 - O julgamento nosso de cada dia.

0comentários
Hoje aprendi algo que me lembrarei sempre, e gostaria de compartilhar com vocês. Aprendi sobre o julgar as pessoas, coisas e tudo mais que possamos definir, interpretar, absorver informação.

Julgar as coisas é uma das tarefas mais realizadas em nosso dia a dia, e saber medir esse julgamento é o que menos sabemos fazer. Quando olhamos para alguém, ou ouvimos alguma coisa, interpretamos as informações recebidas com as informações que já tínhamos, aquelas adquiridas com toda a carga da nossa cultura.

As informações a que recorremos no momento de julgar são variadas, podendo ser a conduta que aprendemos em casa, princípios, valores, ética, etc. Portanto, é baseado no que já sabemos é que
 

Prosa e Meia © 2010

Blogger Templates by Splashy Templates